TV Alesp debate projeto de Altair Moraes que proíbe venda de bórax e seus derivados

A substância utilizada para fazer “slime” é prejudicial à saúde e crianças estão sendo internadas por intoxicação.

Jorge Machado, Altair Moraes, Giovanna Palazzi e Charles Schmidt

O projeto de lei 709/2019 de autoria do deputado Altair Moraes que proíbe a comercialização direta ao consumidor do ácido bórico, borato de sódio, tetraborato de sódio no Estado de São Paulo foi tema do programa Em Discussão da TV Alesp. Apresentado pelo jornalista Jorge Machado, o programa contou também com a presença do médico pediatra Charles Schmidt e da estudante Giovanna Palazzi Biajoti, de 13 anos.

O bórax tem sido utilizado indiscriminadamente por crianças, de todas as idades, para a confecção de uma massinha popularmente chamada de “slime”. A substância é encontrada em vários remédios e produtos de limpeza em geral para clarear materiais brancos, reduzir odores, limpar e desinfetar ambientes. Os efeitos tóxicos para a saúde podem acontecer por ingestão, inalação ou contato na pele, em especial, se houverem feriadas abertas, queimaduras, escamações e outras lesões.

Debate sobre o uso do bórax por crianças e jovens

Charles Schmidt falou dos riscos que o produto pode causar à saúde. “Há casos de crianças que sofreram queimaduras em segundo grau ao manusear o produto. Além disso, há riscos mais graves pela ingestão da substância tanto por crianças menores como também por animais domésticos”, enfatizou.

A adolescente Giovanna Palazzi informou que há locais que vendem o bórax de forma indiscriminada. “Eu já cheguei a usar o produto para fabricar os “slimes”, mas é sim possível fazer sem essa substância”, disse.  

O deputado Altair Moraes falou sobre a necessidade dos pais ficarem alertas em relação a essa questão. “Tudo o que não é proibido é permitido. Por se tratar de uma questão de saúde pública, apresentamos o projeto que proíbe a comercialização direta ao consumidor do bórax. Vamos evitar que tanto crianças como jovens continuem sendo vítimas de intoxicação ou envenenamento por ácido bórico”, encerrou o parlamentar.

Texto: Vanessa Palazzi

Foto: Miriam Silva