Slime na Mira: venda de bórax pode ser proibida no estado SP
- IMPRENSA DEPUTADO ALTAIR MORAES
- 28 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de jun. de 2019
A substância utilizada para fazer “slime” é prejudicial à saúde e crianças estão sendo internadas por intoxicação.

O deputado Altair Moraes (PRB) apresentou na Assembleia Legislativa o projeto de lei 709/2019 que proíbe a comercialização do ácido bórico, borato de sódio, tetraborato de sódio no Estado de São Paulo. O bórax tem sido utilizado indiscriminadamente por crianças, de todas as idades, para a confecção de uma massinha popularmente chamada de slime.
A substância é encontrada em vários remédios e produtos de limpeza em geral para clarear materiais brancos, reduzir odores, limpar e desinfetar ambientes. Os efeitos tóxicos para a saúde podem acontecer por ingestão, inalação ou contato na pele, em especial, se houverem feriadas abertas, queimaduras, escamações e outras lesões.
Recentemente uma criança foi internada em São Paulo com um quadro de gastroenterite. Os exames apresentavam resultados normais, exceto por uma inflamação nos gânglios linfáticos, que combatem infecções e sinalizam quando um paciente está doente. Os médicos constataram que se tratava de um envenenamento por ácido bórico.
As receitas para a fabricação da massinha caseira estão disponíveis na internet, instruindo crianças e adolescentes a fabricarem a própria geleca. Independente da fórmula para a fabricação, alguns ingredientes se repetem, como cola branca, água boricada e o bórax.
“Aparentemente, o slime parece inofensivo, mas não é bem assim. O produto é vendido indiscriminadamente, inclusive pela internet, sem nenhuma advertência para quem o consome. E seu consumidor final, lamentavelmente, são as crianças que ficam expostas aos perigos que o produto oferece” disse o deputado Altair Moraes.
O presidente do Departamento de Toxicologia da Sociedade Brasileira de Pedriatria, Carlos Augusto Mello da Silva, informa que tanto o manuseio do bórax como o uso da água boricada podem ter efeitos imprevisíveis quando usados por crianças e gerar intoxicação.
“Estamos zelando pela saúde pública. Temos que alertar a sociedade sobre esse perigo e também tomar providências para evitar que novos casos de intoxicação surjam por aí. As principais vítimas desse processo são as crianças que estão expostas ao bórax. Não podemos permitir a venda de uma substância que comprovadamente faz mal à saúde” justificou o autor da proposta.
Texto: Miriam Silva e Vanessa Palazzi
Foto: Internet
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