Comissão de Direitos Humanos debate racismo e vacinação em reunião
- IMPRENSA DEPUTADO ALTAIR MORAES

- 5 de set. de 2019
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O deputado estadual Altair Moraes (Republicanos) votou favorável à moção que repudia a declaração racista feita pelo secretário adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho, em reunião da Comissão dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais. A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira (3/09) no Plenário D. Pedro I da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O áudio vazado na internet revela declarações discriminatórias quando afirma: “Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter (...). Os pardos brasileiros são todos mau caráter, não tem um que não seja.”
“Deixo aqui registrado o meu repúdio. Sou pardo e não poderia deixar de expressar a minha indignação com o desrespeito ao ser humano evidenciado no áudio”, salientou Altair Moraes.
Surto de doenças contagiosas e vacinação
Os parlamentares aproveitaram o encontro para ouvir Andrea Silva, da Associação G-14 que presta apoio aos pacientes de poliomielite e síndrome pós-pólio. “Nós queremos conscientizar as pessoas que os sobreviventes da pólio existem. Faz 30 anos do último caso no Brasil, e nós estamos com a poliomielite às portas novamente. Temos mais de 1.200 casos de sarampo por falta de vacinação só no estado de São Paulo. O próximo surto será de poliomielite se não tomarmos isso como prioridade”, advertiu ela que contraiu a doença quando criança.

No século 20, uma em cada cinco crianças, morria de alguma doença infecciosa antes de completar 5 anos de idade. Uma realidade cruel que ceifava impiedosamente bebês e crianças no país. Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunizações
(PNI), por determinação do Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela área reduzida decobertura.
Atualmente, o Programa Nacional de Imunização do país conta com vacinas destinadas a todas as faixas-etárias e campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação.
“Frentes encabeçadas nas redes sociais apoiam a “antivacinação”, e isso é um risco para a nossa sociedade. Muitas crianças e bebês morriam nos anos 60, 70 pela falta de um programa de vacinação. Hoje o Brasil possui um dos maiores programas de imunização do mundo contemplando todas as faixas-etárias. Então, vacine seu filho e vacine-se”, recomendou o republicano.
Texto: Miriam Silva e Vanessa Palazzi
Foto: Miriam Silva







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