Altair Moraes usa a tribuna para defender o espaço da mulher nas competições esportivas

Altair Moraes na tribuna da Alesp

O parlamentar é autor do projeto que define o gênero dos competidores pelo sexo biológico

O deputado estadual Altair Moraes usou a tribuna da Alesp – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta segunda-feira, (13/3), para defender o projeto de lei 346/19.

A proposta apresentada pelo deputado, em abril de 2019, define o sexo biológico como único critério para definir o gênero dos atletas em competições esportivas oficiais no Estado de São Paulo.

“Eu fui o primeiro deputado a protocolar o projeto de lei 346 que define o sexo biológico para as competições esportivas. Fui pioneiro no mundo a fazer isso. Depois que protocolamos esse projeto outros parlamentares de todo o Brasil apresentaram o mesmo projeto e o levaram à diante. Nos Estados Unidos, mais de 30 dos 50 Estados não aceitam a competição de homem contra mulher. Estamos falando de sexo biológico, não estamos falando de ideologia”, disse Altair Moraes.

O parlamentar aproveitou o tempo de fala para ressaltar que a proposta não é baseada em ideologias, mas na biologia e na fisiologia, bases que comprovam as diferenças físicas entre homens e mulheres, e que compromete a equidade das competições. “Ideologia é pensamento, é ideia, ninguém compete com a ideia. O que se compete é corpo, o que se compete é o biológico, é o físico, é o anatômico, o genético, isso é competição. Não posso entender que um homem que se sente mulher, pode competir com mulher em pé de igualdade. Equidade no esporte é extremamente importante, razão pela qual é segmentado por idade, peso, tamanho e, lógico, por sexo”, destacou.

Altair Moraes lembrou o episódio do deputado federal Nikolas Ferreira que foi destaque nos meios de comunicação ao utilizar uma peruca e fazer um protesto na tribuna da Câmara dos Deputados, no Dia Internacional da Mulher. “Ele fez uma fala, colocou uma peruca, disse que se sentia uma mulher, e que as mulheres estavam perdendo seu espaço. Alguns dizem que ele acertou, outros que ele errou. Na minha opinião esse lugar é um lugar de fala e de expressão de um deputado que representa o povo. Ele tem o direito de falar o que bem entender. Não se pode cercear ninguém na sua fala, muito menos um parlamentar. Quem deve julgar isso é o povo”, afirmou.

O PL 346/19 já teve o parecer aprovado pelas comissões que competem analisar o tema, atingiu o tempo de discussão em plenário, e está pronto para entrar na pauta e ser apreciado pelos 94 deputados estaduais.

“Vamos parar com essa palhaçada de dizer que homem que se sente mulher, vai competir com mulher. Eu vou defender sim o meu projeto 346 que diz que o sexo biológico é predominante para as partidas esportivas. Isso é essencial, nós não podemos perder o direito que as mulheres demoraram anos para conquistar. Elas não tinham o direito de competir e hoje que podem são obrigadas a competir com homens. Nós temos que fazer justiça no esporte. É inaceitável que um homem biológico venha competir com mulher, e aconteça o que está acontecendo no mundo todo”, finalizou Altair Moraes.

Texto: Miriam Silva e Vanessa Palazzi